Calor faz aumentar número de incidentes com escorpiões
Picada do bicho pode ser fatal para crianças e idosos
- Postado por Ingrid Alves |
- sexta, 28 de dezembro de 2018 | 09:48 hs
A temporada do calor não traz só desconforto e mal-estar às pessoas. Nessa época aumenta também o número de baratas e, consequentemente, de escorpiões. É que os escorpiões se alimentam de baratas e estão onde elas estão. Em Matão, são vários os bairros onde esses pequenos bichos estão sendo vistos com frequência. Até o dia 20 de dezembro, no Jardim Santa Rosa e no Bosque já foram 18 reclamações registradas na Vigilância Sanitária em cada bairro.
Não são só em terrenos sujos e quintais com entulho que os escorpiões se escondem. Eles têm hábitos noturnos e quando o sol aparece eles procuram qualquer lugar mais escuro para se esconder, por isso é comum acha-los dentro de sapatos, no meio das roupas, debaixo de camas...
De acordo com o biólogo Pablo Rigueiro Masselani, na região de Matão existem dois tipos de escorpião: o preto e o amarelo. O preto é mais pacífico e tem a peçonha mais fraca. Já o amarelo é o que oferece mais riscos. “Essa espécie é mais agressiva e possui veneno mais forte. Além do mais só existem fêmeas, que sofrem o processo de partenogênese e se reproduzem sozinhas, sem fertilização”, explica. Cada fêmea tem cerca de 20 filhotes a cada gestação. Os escorpiões menores são ainda mais perigosos pois não “dosam” a quantidade de veneno aplicado a cada picada. Em crianças e idosos o veneno pode ser fatal.
Segundo Pablo, o aumento no número de escorpiões se deve ao aumento do alimento (baratas e grilos). “O escorpião não é um inseto, é um aracnídeo e está presente o ano todo na terra, mas quanto mais comida tem, mais ele aparece”, diz.
Para evitar sua proliferação é importante manter quintais e terrenos limpos, mesmo os que estão vazios, vedar portas e manter ralos fechados. Em caso de acidentes, é necessário procurar o hospital imediatamente. De lá os casos são registrados na Vigilância Epidemiológica, assim como deve ser feita a comunicação toda vez que for encontrado um escorpião. “Quando recebemos o relato, fazemos a notificação, orientamos e realizamos a inspeção”, explica Sérgio Luiz Lucatelli, diretor da Vigilância Epidemiológica do município. Em 2018, até o dia 20 deste mês, foram 229 casos registrados envolvendo escorpiões na cidade.
Fonte: Ingrid Alves
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