/** PIXELS **/ /** PIXELS **/ A Comarca | Indústria paulista fechou 38,5 mil postos de trabalho em 2018


Indústria paulista fechou 38,5 mil postos de trabalho em 2018

Após oito anos de resultados negativos, expectativa para 2019 é de geração de 10 mil vagas


A indústria paulista encerrou 38,5 mil postos de trabalho em 2018, variação de -1,80% sobre o ano anterior, dados sem ajuste sazonal, período em que foram perdidas 34 mil vagas. O resultado negativo para o ano já era esperado pelos industriais do Estado. Em dezembro, o saldo também foi de baixa (-1,62%) em relação a novembro, com o fechamento 34,5 mil vagas.

Já com o ajuste sazonal, a variável de dezembro ficou negativa em -0,18%. Os dados de Nível de Emprego do Estado de São Paulo foram divulgados na sexta-feira (18) pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp-Ciesp). De acordo com o 2º vice-presidente da Fiesp, José Ricardo Roriz, o desempenho da economia no segundo semestre ficou abaixo da expectativa, confirmando um ano de baixa na indústria paulista.

“Fechamos dentro do previsto; nada diferente do que havíamos analisado ao longo do ano. Mas agora temos otimismo. A confiança do empresário aumentou. Possivelmente, em 2019, vamos ampliar em 10 mil os postos de trabalho na indústria paulista. Nas nossas previsões, o crescimento do PIB deve ser de 2,5%. A perspectiva do empresário é de confiança, de um ano melhor”, diz Roriz. Para que se concretize o cenário positivo, um dos fatores necessários é a redução da ociosidade na indústria.

“A ociosidade é muito grande na indústria paulista, algo em torno de 30% a 35%. Assim que ela começar a ser reduzida, vai trazer junto a alta na geração do emprego. Em um primeiro momento, voltará ao funcionamento de máquinas e equipamentos parados. Em seguida, as empresas desengavetarão seus projetos. O investimento virá bem forte, já que este é o motor do emprego”, avalia.

Roriz lembra ainda que o setor automobilístico foi um dos que teve melhor desempenho em 2018, o que deve continuar neste ano, ajudando na redução da capacidade ociosa. “Esse é um setor muito importante porque traz junto outros setores, como o de metal mecânico, borracha, plástico, que fazem parte da cadeia de suprimentos”, explica.

POR SETORES

Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o ano de 2018, 15 ficaram negativos e sete, positivos. Entre os positivos, os destaques ficaram por conta de produtos de minerais não-metálicos, com geração de 4.880 postos de trabalho, seguido por veículos automotores, reboques e carrocerias (4.513) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1.891). No negativo, principalmente, produtos alimentícios (-14.625), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-10.684) e couro e calçados (-6.460).

A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do Estado e em 36 Diretorias Regionais do Ciesp. Por grande região, a variação no ano recuou -1,80% no Estado, -3,13% na Grande São Paulo e -1,03% no Interior. Entre as 36 diretorias regionais, houve variação nos resultados.

Nas 11 que apontaram altas, destaque por conta de Mogi das Cruzes (5,02%), influenciada por produtos têxteis (10,80%) e produtos minerais não-metálicos (8,28%); Taubaté (2,67%), por veículos automotores e autopeças (8,54%) e produtos de borracha e plástico (13,32%); Araraquara (2,27%), por produtos de borracha e plástico (9,89%) e outros equipamentos de transportes (7,06%).

Já das 25 negativas, destaque para Jaú (-25,34%), por artefatos de couro e calçados (-70,66%) e produtos alimentícios (-5,50%); Santa Bárbara D’Oeste (-17,93%), por produtos de metal (-55,67%) e produtos têxteis (-12,56%); Americana (-13,86%), por produtos têxteis (-25,48%) e máquinas e equipamentos (-8,10%). Para conferir os dados regionais, acesse www.ciesp.com.br/pesquisas/niveldeemprego/


Fonte: Assessoria Fiesp Ciesp


  • Compartilhe com os amigos:


Deixe um comentário



Comentários