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Atenção às crianças, adolescentes e adultos

Conheça mais sobre os trabalhos de terapeuta ocupacional, psicopedagoga e neuropsicóloga


Dificuldades de aprendizagem, de socialização, concentração, imaturidade emocional, ansiedade, hiperatividade. Esses termos são cada vez mais comuns em lares com crianças e adolescentes. Mas quem auxilia a família a lidar com tudo isso? Conheça um pouco da Terapia Ocupacional, com Leila Cestari (especialista em Saúde Mental e Psiquiatria); da Psicopedagogia, com Renata Constantino; e da Neuropsicologia, com Valéria Abreu.

O que é Terapia Ocupacional? É uma profissão da área da saúde que engloba educação e esfera social. Tem como objetivo a inserção social do indivíduo que, por alguma dificuldade – física, motora, sensorial, emocional, cognitiva ou social –, interrompeu ou não consegue realizar as atividades que sustentam a vida cotidiana, com independência e autonomia, por exemplo: atividades da vida diária, trabalho, educação, lazer, participação social, brincar e atividades instrumentais.

Esta profissão apresenta especialidades distintas, como reabilitação física, infância, contextos hospitalares, saúde mental, entre outras.

Quem pode receber o atendimento? Dentro da especialização em Saúde Mental e Psiquiatria é possível oferecer atendimento a desde bebês prematuros até idosos que se mostram com alguma dificuldade relacionada à saúde mental com impacto negativo no cotidiano, impedindo que vivencie e realize suas atividades. Na clínica da infância geralmente são atendidos bebês prematuros, crianças com Síndrome de Down, Transtornos do Neurodesenvolvimento, Transtorno do Espectro Autista, Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Imaturidade Emocional, Transtorno Opositor Desafiador, Transtornos Específicos da Aprendizagem, Transtornos de Ansiedade, entre outros. Os adolescentes e adultos jovens são encaminhados ou procuram tratamento principalmente por apresentarem Transtornos de Ansiedade e seus subtipos (Transtorno do Pânico, Fobias, Transtorno de Ansiedade Social), Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Transtornos Depressivos, Transtornos Alimentares e Transtorno Bipolar. Não é necessário ter algum diagnóstico clínico para o tratamento; pode-se buscar autoconhecimento, melhorar sua saúde mental e encontrar um espaço de saúde em sua vida.

Avaliação e Tratamento Por meio de protocolos, recursos e instrumentos próprios, identificam-se as necessidades dos pacientes e familiares, considerando o impacto do adoecimento nas áreas de desempenho ocupacional e não somente o diagnóstico médico. O trabalho envolve orientação escolar e a empresas, adaptação de material quando necessário e orientação familiar.

O que é Psicopedagogia? É a área que atua em educação e saúde e lida com o processo de aprendizagem humana, seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio (família/escola/sociedade) no seu desenvolvimento. É importante que o psicopedagogo (Pp) tenha sua formação inicial em Pedagogia, ciência que estuda a educação, o processo de ensino e a aprendizagem.

A quem se destina? Às crianças, adolescentes e adultos que apresentam dificuldades referentes à aprendizagem como atenção e concentração; leitura - entender e interpretar o que lê; escrita; matemática; lentidão para executar as atividades escolares; dificuldade para se organizar tanto em tarefas escolares como no dia a dia com seus afazeres. Também se aplica às pessoas que apresentam aprendizagem satisfatória, mas que almejam ampliar e potencializar suas aptidões para atender as exigências escolar, profissional e social.

Qual a função do psicopedagogo? A Pedagogia será base para que o Pp amplie seu olhar para as questões referentes à aprendizagem. Seu papel é identificar, analisar, planejar e intervir, através das etapas de diagnóstico e tratamento, sobre as dificuldades e problemas apresentados, compreendendo de forma global o indivíduo e dando respostas às muitas dificuldades que crianças e adolescentes sentem no seu percurso escolar. Outra área de conhecimento que agrega importante valor à formação e atuação do Pp é a Neuropsicopedagogia. O neuropsicopedagogo integra à sua formação psicopedagógica o conhecimento adequado do funcionamento do cérebro para melhor entender como esse cérebro recebe, seleciona, transforma, memoriza, processa e elabora todas as sensações captadas para adaptar às metodologias e técnicas educacionais indicadas para cada caso. O profissional identifica as potencialidades cognitivas do sujeito, orienta e resgata o interesse pelos estudos, auxilia no desenvolvimento escolar, trata as dificuldades encontradas no processo diagnóstico e diminui as lacunas deixadas na aprendizagem, possibilitando o acesso ao conhecimento de forma apropriada, incentivando e facilitando o aprendizado. Orienta família/escola/terapeuta.

Neuropsicologia é um campo de interação entre a Psicologia e a Neurologia que estuda as relações entre o comportamento humano e o cérebro. Requer formação específica do profissional – especialização.

O que é Avaliação Neuropsicológica? É uma investigação que utiliza testes padronizados e tarefas neuropsicológicas para descrever o perfil cognitivo (funções de memória, atenção e concentração, percepção, linguagem, pensamento, raciocínio) e os recursos afetivos, emocionais e relacionais. O objetivo desta avaliação é identificar os sistemas funcionais já desenvolvidos e as funções que precisam ser estimuladas. Este estudo é individual e específico, voltado às necessidades de cada pessoa.

A quem se destina? Crianças e adolescentes com dificuldades escolares, de atenção e concentração, memória, compreensão, dificuldades de alfabetização, em tarefas dentro e fora do contexto escolar (que surgem no dia a dia), hiperatividade, entre outras queixas.

Para que serve a Avaliação Neuropsicológica? Para elaborar um plano individual de intervenção terapêutica (seja na área cognitiva, comportamental ou socioemocional); auxiliar no diagnóstico neurológico ou psiquiátrico; auxiliar a escola ao orientar no planejamento e nas ações escolares; orientar pais e/ou responsáveis no manejo das dificuldades apresentadas pela criança/adolescente.

Quem faz o encaminhamento para essas profissionais? O médico?

Para iniciar as terapias não precisa ter encaminhamento médico e nem diagnóstico clínico. A procura é espontânea e livre; qualquer pessoa que sentir necessidade pode agendar uma avaliação. Após esse processo, a terapeuta traça os planos de intervenção das sessões de acompanhamento e encaminha ao médico na área em que for preciso, bem como a inserção de outros profissionais para compor o caso – quando precisar de equipe multidisciplinar. Para todos os casos, independente do terapeuta, é fundamental destacar o papel da família no tratamento. Crianças, adolescentes e adultos se desenvolvem melhor com regras, limites e em ambiente saudável, acolhedor e cheio de amor.


Fonte: Ingrid Alves


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