Região de Ribeirão Preto tem gasolina mais cara do Estado em dezembro, segundo ANP
Monte Alto, Ribeirão Preto e Bebedouro apresentaram cotação média do combustível de R$ 4,14 a R$ 4,15. Petrobras anunciou novo reajuste nas refinarias.
- Postado por Carol Salvini |
- terça, 02 de janeiro de 2018 | 08:37 hs
Foto: Ilustrativa
Monte Alto (SP), Ribeirão Preto (SP) e Bebedouro (SP) são as três cidades paulistas com a gasolina mais cara em dezembro, segundo levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Nesses três municípios da região, os postos apresentaram o litro com cotações médias entre R$ 4,14 e R$ R$ 4,15 no balanço parcial entre 108 cidades - os valores devem ser alterados com o novo reajuste de 1,7% nas refinarias anunciado pela Petrobras. Barretos (SP) tem a sexta maior tarifa do Estado, com R$ 4,12.
Como são classificações médias, nessas cidades também é possível encontrar cotações ainda maiores, como em Ribeirão Preto, com o litro na faixa de R$ 4,29.
Os valores são até 11,6% mais elevados na comparação com os menores preços praticados em São Paulo, em municípios como São José dos Campos (SP), Taboão da Serra (SP) e Mogi Mirim (SP), com o combustível na faixa de R$ 3,72 a R$ 3,77, além das médias do Estado e de todo o Brasil.
Ribeirão, Monte Alto e Bebedouro também estão entre as oito cidades que apresentaram as maiores diferenças entre o preço inicial das refinarias e o valor cobrado ao consumidor, respectivamente com margens de 18,75%, 18,25% e 16,36%, em contraposição a São José dos Campos, com a menor diferença, de 7,44%.
Preço das 'bandeiradas'
Para o diretor de assuntos governamentais do Sindicato Brasileiro das Distribuidoras de Combustíveis (Simbracom), Flávio Jandoso Navarro, a diferença de preços de Ribeirão em relação a outras cidades do Estado se dá em função da dominância das grandes marcas, que impõem um preço mais elevado aos combustíveis e têm mais representatividade na rede de postos da cidade - em torno de 70% das unidades.
"Elas utilizam-se de uma atitude de marketing em que conseguem vender o combustível mais caro pros postos. Uma bandeirada vende mais caro do que uma independente", diz.
Além disso, Navarro afirma que a política de reajustes diários praticada pela Petrobras dificulta o planejamento contábil das distribuidoras e, consequentemente, dos postos, que repassam para o consumidor.
"Hoje a gente não tem mais um controle do que vai acontecer amanhã. Se vai subir ou se vai baixar o combustível. E nessa situação, quando a gente recebe as baixas ou as altas do combustível que vem da Petrobras, a gente não tem o preço exato que vai estar no dia seguinte", argumenta.
Fonte: G1
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