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Volta às aulas movimenta segmentos

Confecções e papelarias aproveitam a procura por uniformes e materiais escolares


É grande o impacto econômico, a determinados segmentos, provocado pela volta às aulas. Os setores de confecções de uniformes e papelarias estão entre os que mais recebem movimento nesta época ano, chegando a ter um aumento de 150% nas vendas. A procura pelos uniformes escolares já começa a ser registrado logo na primeira semana de janeiro, com alta de até 60% se comparado aos outros meses do ano.

Apesar da crise que afeta muitas famílias, o sócio proprietário da Ressi Confecções, Darcílio Maester Neto, garante: “Nossa confecção não aumentou os preços em relação aos do ano passado devido à crise enfrentada por todos. Estamos confiantes de que com essa estratégia, além de preservar a qualidade dos nossos uniformes, poderemos aumentar as nossas vendas em 30% ou mais”.

A Ressi Confecções produz uniformes para escolas municipais, estaduais e particulares de Matão; por isso, há a necessidade de contratar costureiras temporárias. “O período de volta às aulas favorece também os profissionais da área, ajudando a garantir uma renda extra no orçamento familiar”, frisa Neto. A volta às aulas de julho também é produtiva ao segmento, com a procura dos trajes de inverno.

MATERIAIS

O trabalho também é intenso aos funcionários de papelarias nesta época do ano. Segundo Paulo José Pavarini, proprietário da Livraria e Papelaria MEC, as vendas começam a aumentar em dezembro com pico em janeiro. “O aumento chega a 150% e neste ano percebemos que 80% das compras foram pagas com cartão de débito”, constatou.

Ele cita que muitos pais estão reutilizando materiais dos anos letivos anteriores. “Não é necessário comprar um compasso, uma régua ou até mesmo uma caixa de lápis de cor todos os anos. Várias listas que recebemos vêm com esses produtos riscados; já sabemos que não é para incluir”, conta Paulo.

Em relação aos preços, o comerciante disse que o papel sulfite foi o item que mais encareceu. “Houve um aumento em torno de 45%. Isso afetou um pouco o preço dos cadernos, mas se o consumidor optar por um simples, sem personagens e marcas registradas, o valor é muito vantajoso”, sugere.

Para finalizar, Paulo dá uma dica importante na hora de comprar materiais escolares. “Procure sempre uma loja especializada onde a variedade e qualidade dos materiais são priorizadas. Os materiais devem durar no mínimo um ano inteiro. Produtos baratos precisarão ser repostos no meio do ano e o gasto será em dobro”.

Lista de materiais é protegida por lei

A Lei Federal nº 12.886/13 proíbe a inclusão de alguns itens na lista de material escolar do aluno. Veja o que pode e o que não pode:

Taxa: É abusiva a cobrança de taxa de material escolar sem a apresentação da lista.

Lista: Pais ou responsáveis pelos alunos têm o direito de conhecer a lista de material antes de assinar o contrato com a escola.

Ano anterior: É possível solicitar a lista de material do ano anterior para ter uma base do que é solicitado. É a única forma de os pais evitarem surpresas desagradáveis.

Marca: A escola não pode exigir que os pais comprem itens de uma determinada marca, papelaria ou dentro da instituição.

Uso coletivo: A lista não pode incluir materiais de uso coletivo, como de higiene e limpeza, nem taxas para suprir despesas com água e luz, por exemplo.

Apostilas: Algumas instituições utilizam apostilas como material didático. Somente para este item pode haver exigência de compra em determinados estabelecimentos ou na própria escola.

Cobrança: Caso seja comprovada alguma cobrança indevida em relação à lista de material, a escola pode ser punida e obrigada a ressarcir o valor pago em dobro.

Pacote: Os pais é que deverão optar por comprar os produtos solicitados ou pagar pelo pacote oferecido pela instituição de ensino.


Fonte: Carol Salvini/Jornal A Comarca


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