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Hospital de Matão pede ajuda para as Santas Casas

Em encontro com a ministra Nísia Trindade de Lima, João Marchesan solicitou apoio

Reivindicação. No encontro com a ministra da Saúde, Nísia Trindade de Lima, João Marchesan (presidente do Hospital de Matão) pediu ajuda emergencial
Foto: Divulgação

No último dia 10 aconteceu o encontro da ministra da Saúde, Nísia Trindade de Lima, com diversas autoridades, na sede da Fiesp em São Paulo. O presidente do Hospital ‘Carlos Fernando Malzoni’, João Carlos Marchesan, esteve presente e na oportunidade apresentou à ministra a situação caótica que as Santas Casas de todo o Brasil estão enfrentando.

O Brasil possui 1.802 Santas Casas, sendo que 409 dessas entidades filantrópicas estão situadas no estado de São Paulo. Destaca-se que 149 municípios paulistas possuem um único hospital para atender a população, como é o caso de Matão. No último ano, as Santas Casas e hospitais filantrópicos paulistas atenderam a 70% das internações de alta complexidade e a 50% dos casos de média complexidade.

Durante a pandemia, houve aumento da demanda do SUS, provocado pela onda de desemprego e pela quantidade de pessoas que não conseguem mais arcar com um plano de saúde. Um problema recorrente é a inflação que impactou medicamentos e insumos, provocando grande aumento de preços que não retornaram à normalidade e dificultando ainda mais a gestão das Santas Casas.

Outra questão amplamente conhecida é a defasagem da tabela do SUS, há mais de 20 anos. A falta de reajuste desses valores resultou num subfinanciamento, que provocou o fechamento de mais de 300 Santas Casas neste período. O SUS remunera 60% do custo dessas entidades, configurando uma grande defasagem. Assim, muitas instituições estão endividadas há longo período.

João Marchesan considera que o endividamento das Santas Casas no Brasil é praticamente impagável. “É necessário haver uma política pública do Estado para atualizar a tabela do SUS e financiar as dívidas das Santas Casas com juros compatíveis por no mínimo 20 anos, para que essas instituições resolvam seus problemas financeiros e possam atingir o equilíbrio”, explica.

 

COM A MINISTRA

 

No encontro com a ministra Nísia Trindade de Lima, João Marchesan entregou um ofício, convidando-a a visitar o Hospital ‘Carlos Fernando Malzoni’, destacando tratar-se de um hospital de referência na região, e pedindo ajuda emergencial, visto que desde a sua fundação, em 1913, o Hospital não passava por crise tão desafiadora.

Edson Rogatti, presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), também formalizou pedido à ministra em nome das Santas Casas para a liberação de recursos emergenciais. “Reforçamos o pedido à ministra para que apoie a liberação do montante que falta ser pago às entidades filantrópicas, dos R$ 2 bilhões concedidos por meio de sanção presidencial em dezembro de 2022”, disse Edson, relembrando a Lei Complementar nº 197 que estabeleceu o envio emergencial desse montante para o auxílio a serviços prestados pelas Santas Casas e hospitais filantrópicos.

A ministra Nísia se mostrou sensível ao problema das Santas Casas e reiterou a necessidade de definir uma agenda para estabelecer etapas e interlocuções entre as áreas de governo e entidades ligadas à saúde. Para João Marchesan, “o SUS ainda existe porque conta com o serviço das Santas Casas. O nosso Hospital, assim como as mais de 1.800 entidades em todo o Brasil, tem um papel essencial durante a pandemia, concentrando esforços para atender os pacientes contaminados e multiplicando a oferta de leitos de UTI. Agora é o momento de governo e sociedade garantirem a manutenção dos serviços de saúde”, concluiu.


Fonte: Assessoria de Comunicação do Hospital


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