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UTI Neonatal já atendeu mais de 2.700 recém-nascidos

Cerca de 20 cidades têm Matão como referência em terapia intensiva neonatal

A UTI Neonatal. Dos 2.783 bebês internados desde 2010, 1.294 foram de Matão e 1.489 de outros municípios
Foto: Divulgação

Em março de 2010, a Santa Casa de Matão passou por uma transformação histórica com a inauguração de sua UTI Neonatal e Pediátrica, um marco para a assistência médica na região. Toda a construção dessa unidade foi realizada com recursos próprios do Hospital ‘Carlos Fernando Malzoni’, uma proeza que reflete o comprometimento e a visão de sua equipe de gestão. A ajuda chegou com recursos destinados à compra de modernos equipamentos, graças à intervenção do saudoso ex-prefeito Jayme Gimenez e à dedicação do pediatra Luiz Cerqueira, forte defensor da implantação da UTI.

Outro fato inédito naquele ano foi o credenciamento no Sistema Único de Saúde (SUS). O atual presidente da Diretoria Executiva do Hospital, João Carlos Marchesan, lembra que na época, como presidente do Conselho, entendia que a implantação da UTI Neonatal era necessária e urgente. “Tudo foi possível graças ao esforço da nossa diretoria, que aportou recursos para a adequação do espaço, e do saudoso Jayme Gimenez, que conseguiu, junto a deputados, recursos para a compra dos equipamentos. Era angustiante saber das dificuldades para conseguir vaga, dos riscos do transporte, da luta contra o tempo. Seguramente, muitas vidas foram salvas. Isso nos conforta e nos fortalece para seguir adiante”, salienta João Marchesan.

Antes dessa transformação, as famílias de Matão enfrentavam uma triste realidade. Gestantes em situação de risco e seus bebês prematuros eram submetidos a viagens para cidades vizinhas em busca de um suporte que não estava disponível em sua própria comunidade. “A primeira luta era conseguir os leitos em cidades da região; depois, a dificuldade para o transporte; então, não tínhamos tempo hábil e equipamentos para salvar o bebê, o que nos deixava muito entristecidos”, recorda Luiz Cerqueira. O médico destaca que, em uma das reuniões com a Diretoria do Hospital, foram discutidos os custos para a implantação da UTI Neonatal. “Num momento da reunião, um membro da Diretoria disse: ‘se uma vida for salva nesta UTI, o investimento já terá valido a pena’. Daí em diante, não tive dúvidas de que o projeto sairia do papel”, relembra.

 

ESTRUTURA

 

A criação da UTI Neonatal e Pediátrica marcou o início de uma nova era no Hospital. Até a última atualização, neste mês de abril, 2.783 bebês foram internados na unidade, sendo 1.294 provenientes de Matão e 1.489 de outros municípios. Cerca de 20 cidades têm Matão como referência em UTI Neonatal. A unidade dispõe de 10 leitos, sendo 7 de UTI Neonatal e 3 de UTI Pediátrica; equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, fonoaudióloga e fisioterapeuta. Para o acompanhamento das mães com gravidez de risco existe a Casa da Gestante e a equipe do Lactário, responsável por armazenar, preparar e fornecer leite materno de acordo com a necessidade de cada recém-nascido.

A médica e coordenadora da UTI Neonatal, Andressa Massarenti Lopes Angelotti, destaca que a unidade está altamente capacitada para atender os recém-nascidos e que as mães são devidamente orientadas em todo processo de reabilitação de seus filhos. “Com as visitas regulares dos pais, orientamos a praticarem o Método Canguru, que consiste em manter o recém-nascido prematuro em contato com a pele, na posição vertical, junto ao peito. Esse método fortalece o vínculo mãe-filho, estimula o aleitamento materno, entre outros benefícios”. Vale observar que são considerados prematuros os bebês que nascem antes de completar 37 semanas de gestação.

Para o ginecologista e obstetra Mário Sergio Trevisan, a instalação da UTI Neonatal foi um marco histórico na cidade. “Hoje, somos referência em todo o estado de São Paulo. Para nós, médicos, isso foi um avanço gigantesco em termos de segurança, estabilidade e tratamento nos casos de recém-nascidos prematuros, com alto e baixo risco, com má formação ou com algum tipo de trauma. Sem esta UTI, muitas vidas não teriam sido salvas”. Como foi o caso do pequeno Rafael, que nasceu com 2,3 quilos e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Flávia Leandra Barbosa, sua mãe, relata que – ainda na sala de parto – recebeu a notícia de que seu filho teria poucas chances de sobreviver. “Hoje eu posso dizer, com toda convicção, que devo a vida do meu filho a todos da UTI Neonatal. Elas foram muito ágeis, fizeram massagem em seu peito e ele voltou a respirar”, conta. Rafael ficou 33 dias no hospital, recebendo os cuidados e visitas regulares da mãe. Hoje, com quase dois meses de vida e 3,1 quilos, ele está em casa.

Pacientes de outras cidades contam que encontraram em Matão todo o amparo que precisavam neste momento crucial de suas vidas. Kelly Carolina Nanetti Lima, de Itápolis, teve uma gravidez de alto risco e entrou para a sala de parto em junho de 2018. Giulia nasceu prematura, com 32 semanas de gestação e uma infecção. “Minha filha ficou na UTI por 14 dias, período de muita angústia e incerteza. Meu tratamento foi inacreditável; nunca imaginei que teria todo este suporte do SUS, com profissionais dedicados e amorosos. Jamais vou esquecer tudo o que fizeram por mim e pela minha filha. Hoje, a Giulia está com 5 anos, esperta, linda e cheia de saúde, graças a Deus e a UTI Neonatal. Fomos tratados com muita dignidade e carinho pelo Hospital de Matão. Temos gratidão eterna”, salienta.

 

REFORMA

 

Atualmente, o prédio da UTI Neonatal está passando por reformas. Um investimento de cerca de R$ 220 mil foi disponibilizado para as novas adequações, com recursos advindos da Lei de Incentivo à Criança e do próprio Hospital. A reforma consiste na troca da central de ar condicionado, com melhor tecnologia e desempenho; ampliação da rede de gases (oxigênio, vácuo e ar comprimido) para instalação de mais dois leitos. Recentemente, quatro novas incubadoras foram doadas ao hospital pelas empresas Terral, Baldan, Supley e EcoNoroeste.


Fonte: Assessoria de Comunicação do Hospital


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