Carne: Referência em qualidade
Atuação de Tião Mortari na recria do gado garante a excelência da carne no supermercado da família
- Postado por Natali Galvao |
- sexta, 02 de maio de 2025 | 11:51 hs

No Sítio Cachoeira de São Lourenço. Além de outras propriedades, é de lá que também vem a carne comercializada no Supermercado Mortari
Foto: Rogério Bordignon
De 1972 a 1977, Altebano Mortari e sua esposa Carmelina Rosa Benaglia Mortari tiveram um armazém no distrito de Nova América, perto de Itápolis. No dia 21 de março de 1977 começou a funcionar em Matão o Supermercado Mortari, numa Avenida Sinharinha Frota ainda sem asfalto, vendendo – entre outros – produtos da marca Somar (Cobal), como arroz, feijão, óleo, açúcar, leite, sabão, então subsidiados pelo Governo Federal.
Em 1996, as vendas de carnes deram um salto no açougue do supermercado – com a fila de compradores se estendendo ao lado de fora da primeira unidade do estabelecimento. Inspecionada e selecionada, a carne chega às câmaras frias constantemente. O produto se tornou o carro-chefe do Mortari, cuja mudança para o novo prédio (Avenida Sinharinha Frota, nº 1.671) aconteceu no dia 29 de setembro de 1999.
Nascido no dia 24 de fevereiro de 1963, em Nova América, Sebastião Mortari é o filho caçula do saudoso casal Carmelina e Altebano Mortari. Suas irmãs são Silvana, Izaura e Izilda. Ele e a esposa Rosemeire de Fátima Zanoni Mortari (Rose) tiveram três filhos: Ana Jaqueline, Ana Elisa e Eduardo. Em 1977, aos 14 anos, Tião começou a trabalhar com a família no Supermercado Mortari, colocando e arrumando produtos nas prateleiras. Em 1979, assumiu o controle do açougue do Mortari, estabelecimento do qual se tornou sócio proprietário com seu pai em 1985.
Os animais eram abatidos no extinto frigorífico de Edson Troli. A excelente qualidade das carnes vendidas no Mortari ganhou fama e conquistou muitos clientes. “Além do bom atendimento, do asseio, do respeito aos clientes, sempre fiz questão de ir às propriedades rurais para selecionar o gado que comprávamos e transportávamos para o frigorífico, depois para nossas câmaras frias, desossa e balcões. Temos seis câmaras frias e até o final desse ano serão oito, das quais cinco para carnes, uma para frios, uma para confeitaria e uma para frutas”, comenta.
PROCEDIMENTOS
Segundo Tião, a higiene é prioridade desde o transporte da carne até o momento em que ela é embalada para os clientes. “Desossamos somente a carne necessária. A que não é, fica mais tempo em contato com o osso e muito bem armazenada nas câmaras frias, sendo que contamos com gerador de energia próprio. Na avaliação feita no pasto, o importante é observar o ambiente no qual o animal está e o acabamento da gordura, pois é fundamental que o bovino tenha uma boa camada de gordura. Para isso, vale muito a experiência. Além de mim, há anos, Luiz Neves colabora conosco na seleção dos animais e organiza a equipe de desossa”, reporta.
“Trabalhamos com o gado Nelore e cruzamentos desta raça com outras que também geram carne de boa qualidade. Geralmente, temos 50% de carne oriunda de gado Nelore e 50% de cruzamentos, mas também temos carne de gado Angus, adquirida em diferentes frigoríficos. É importante conhecer os gostos dos clientes, pois os paladares são distintos”, pontua.
No setor de açougue, o Supermercado Mortari conta com 35 colaboradores, entre integrantes do atendimento e da desossa. “São duas equipes, atuando em dois turnos”, frisa Tião, que é pequeno recriador de gado no Sítio Cachoeira de São Lourenço. “Contamos com o nutricionista Vítor Antoniosi para fazer o gado crescer, engordar e depois levamos para o abate em frigoríficos”, explica.
Tião conclui salientando que “o matonense gosta mesmo é de picanha, mas os cortes mais vendidos são contrafilé, alcatra, fraldinha, maminha, paleta, miolo do acém, costela e cupim. Podem vir no Supermercado Mortari, pois aqui vocês sabem que a carne tem excelente qualidade”.
Fonte: Rogério Bordignon
Comentários