Matonenses participaram de evento nas Nações Unidas
O National Model United Nation (NMUN) foi vivenciado por Mariana Rocha e Gabriela Molinari
- Postado por Natali Galvao |
- sábado, 03 de maio de 2025 | 11:42 hs

Mariana Rocha e Gabriela Molinari. Neste ano, a Diplomaciti Brasil representou o Kuwait no NMUN
Foto: Divulgação
O National Model United Nation (NMUN) é um dos maiores e mais antigos modelos de simulação das Nações Unidas no mundo. Neste evento acadêmico internacional, estudantes universitários simulam sessões da Organização das Nações Unidas (ONU), representando diferentes países e debatendo temas globais reais.
Neste ano, a Diplomaciti Brasil – organização responsável por compor a delegação brasileira junto ao evento – formou, sob a supervisão do professor Fernando Rugno, uma comissão com seis participantes, sendo duas matonenses: Gabriela Maraysa Molinari e Mariana Marquioni da Rocha.
Em dupla, elas atuaram em comitê da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), participando de discussões referentes a recursos hídricos, desenvolvimento sustentável e proteção do patrimônio histórico em áreas de conflito.
Gabriela é advogada, bacharel em Direito e pós-graduada em Direito Penal e Processo Penal, atuando como membro da Comissão de Assistência Judiciária Gratuita da OAB-Matão. Mariana atualmente cursa o 4º ano de Direito no Immes. É estagiária na Citrosuco e presidente da Comissão de Acadêmicos de Direito da OAB-Matão.
Sobre o evento realizado no período de 6 a 10 de abril, em Nova Iorque (Estados Unidos), elas foram entrevistadas por A Comarca. O NMUN acontece em todos os anos e os simpatizantes da diplomacia podem manifestar interesse em participar através da Diplomatici Brasil. Para tanto, Mariana e Gabriela estão disponíveis para tirar eventuais dúvidas e dar orientações.
Como vocês conheceram o NMUN?
Gabriela - Conheci o NMUN por meio de uma amiga, também advogada, Maria Vitória Cioffi do Amaral, que já havia participado da conferência e me inspirou muito. Desde então, Mariana e eu nos dedicamos a arrecadar recursos para tornar essa experiência possível, realizando campanhas, vendendo massas, brownies e brigadeiros. Recebemos doações que foram essenciais. Nos esforçamos muito para participar da edição de 2025 do NMUN.
Como transcorre o evento?
Mariana - As delegações participantes passam a representar um país diferente do de suas origens. Nesta sistemática, os participantes devem analisar assuntos de grande relevância mundial sob uma ótica diversa da que estão acostumados, justamente para que determinados problemas possam ser verificados por olhares de fora, visando que sejam obtidas novas formas de soluções destas questões. Neste ano, a Diplomaciti Brasil representou o Kuwait, país do Oriente Médio marcado pela riqueza do petróleo e pelo desenvolvimento urbano, porém, com escassos recursos hídricos. Assim, junto ao comitê escolhido, a Unesco, dentre os outros assuntos discutidos, um tema essencial se destacou como central para o desenvolvimento de soluções: a busca por água potável.
Gabriela - Durante o NMUN, muito se falou em dessalinização da água, transposição de rios e uso de tecnologias verdes. Também levamos ao debate a ideia de utilização do projeto ‘Acqualuz’, criação da cientista baiana Anna Luisa Beserra que utiliza da energia solar para, em sistema de cisternas, obter purificação da água em zonas áridas. Ao final, o tratado simulado, contendo as soluções propostas pelas participantes, restou pactuado entre diversas delegações, tais como Paquistão, Brasil, China, Egito, Índia, o próprio Kuwait e muitos outros, sendo aprovado em votação do comitê.
O que o evento trouxe a vocês?
Mariana - Além da troca cultural, profissional e política com estudantes do mundo inteiro, tivemos a oportunidade de visitar a sede da ONU em Nova Iorque, local marcado pela diplomacia, respeito e busca por soluções. Dialogamos com a diplomata Bruna Gagliardi, na sede da Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas, momento em que ela ressaltou a positiva imagem diplomática externa do Brasil e contou detalhes sobre sua atuação profissional.
Gabriela - Também tivemos a oportunidade de conversar com representantes de grandes universidades dos Estados Unidos acerca das pretensões profissionais. Fomos convidadas pela Universidade de Massachusetts e pela Universidade de Columbia para nos inscrevermos em cursos de verão e pós-graduações.
Quais os agradecimentos?
Gabriela - Ter vivenciado tudo isso foi realizar um sonho. Agradeço, de coração, a todos que estiveram ao nosso lado nesse caminho, em especial aos meus pais Deny Fabiano Molinari e Célia Aparecida Souza Molinari, bem como aos meus avós Luiz Gonzaga Molinari e Mariusa Isabel Pecorali Molinari, ao meu namorado Eduardo Augusto Aleixo Spinelli, bem como aos amigos que sempre acreditaram em mim. Sem o apoio e o incentivo deles, nada disso teria sido possível.
Mariana - Agradeço a todos que tornaram possível essa viagem; em especial a Deus, que possibilitou cada minuto desse sonho; aos meus pais Reginaldo Leão da Rocha e Andréa Mara Marquioni da Rocha; aos meus avós Antônio Leão da Rocha, Maria Auxiliadora da Rocha, Nelson Marquioni e Arlete Custódio Carneiro Marquioni, pois me educaram e me incentivaram a buscar novas oportunidades, confiando em cada passo.
Fonte: Rogério Bordignon
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