Um Dia das Mães com afeto, amor e reflexão
POR FABIANA SCARDOELLI
- Postado por Natali Galvao |
- sábado, 10 de maio de 2025 | 13:44 hs

Fabiana Scardoelli. "Precisamos ampliar direitos e criar políticas que compreendam a realidade de quem cuida, educa e forma cidadãos"
Foto: Divulgação
Neste Dia das Mães, quero abraçar com carinho e respeito a cada mulher que vive a experiência da maternidade – em todas as suas formas. É um dia para honrar o amor e a dedicação de quem, tantas vezes, abdica de si para cuidar do outro. Ser mãe é um dos maiores atos de amor, mas também é um desafio cotidiano que, com frequência, é vivido com mais solidão do que deveria.
A maternidade real não cabe num comercial de tevê. Porque ela não é feita apenas de momentos doces e sorrisos de propaganda. Ela é também real, exaustiva e profundamente transformadora. É um mergulho no desconhecido, feito com coragem, intuição e uma força que, muitas vezes, nem a própria mulher sabia que tinha.
Romantizar a maternidade é negar a sobrecarga, a culpa e o medo que tantas mulheres sentem todos os dias. É fingir que basta amar para dar conta de tudo. Não basta!
A maternidade precisa ser amparada por políticas públicas amplas, redes de apoio, licença-maternidade digna, creches acessíveis, igualdade salarial e condições de trabalho mais humanas. Precisa ser respeitada com ações concretas – não apenas com flores, uma vez por ano.
Sabemos que os direitos das mulheres avançaram ao longo das décadas, mas ainda estão longe de serem suficientes. O mercado de trabalho continua desigual, e ser mãe ainda pode significar ganhar menos, ser preterida em promoções ou até perder o emprego. Muitas mães enfrentam jornadas triplas para dar conta de tudo. E muitas fazem isso sozinhas.
Precisamos ampliar direitos e criar políticas que compreendam a realidade de quem cuida, educa e forma cidadãos todos os dias, com paciência, dedicação e amor.
Ser mãe nem sempre é fácil – e admitir isso não é fraqueza, é humanidade. Por isso, neste Dia das Mães, quero renovar meu compromisso como mulher, mãe e vereadora: lutar por uma cidade mais justa, que respeite o tempo das mães, que valorize o cuidado e que não trate a maternidade como uma responsabilidade individual, mas como uma questão coletiva, que merece atenção, investimento e empatia.
Vamos construir juntas – mães, mulheres, companheiras, sociedade – um mundo em que ser mãe seja solidariedade. Onde haja mais mãos estendidas, mais escuta, mais afeto. Neste Dia das Mães, que possamos não apenas celebrar, mas também construir um futuro melhor para todas. Para que as próximas gerações cresçam sabendo que a maternidade é, sim, sublime – e não solitária.
Feliz Dia das Mães a todas que vivem essa experiência com verdade, luta, amor e coragem. Vocês são muitas e não estão sozinhas.
Fonte: Fabiana Scardoelli, mulher, mãe e vereadora
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